Resumo Áreas / Seminários

1º tempo – Tempo da Teoria / Introdução à Teoria Psicanalítica

Área: Introdução à Formação Psicanalítica

A área de Introdução à Formação Psicanalítica tem como objetivo principal propor ao candidato à Formação Psicanalítica no CPMG uma introdução a partir de três seminários, que funcionarão num conjunto sequencial: Metodologia da Pesquisa Psicanalítica, Experiência Psicanalítica e Epistemologia Freudiana.

A elaboração do conteúdo programático tem como eixo principal a inserção dos interessados no universo da produção científica e, de maneira particular, no campo do conhecimento psicanalítico através da pesquisa.

O estatuto da clínica, da experiência e da teoria psicanalítica será estudado durante os seminários oferecidos.

Seminários:

  • Metodologia da pesquisa psicanalítica
    Coordenadora: Maria Heloisa Noronha Barros

O objetivo do seminário é trabalhar as particularidades e as vicissitudes da metodologia da pesquisa psicanalítica com o propósito de apresentar, questionar e discutir alguns métodos utilizados para sua realização. Com esse intuito serão abordados quatro modelos de pesquisa usados para se trabalhar com o referencial psicanalítico, a saber: a pesquisa orientada por meio de casos clínicos, a pesquisa empírica, a pesquisa teórica e a construção do caso clínico.


  • Experiência psicanalítica: uma introdução
    Coordenadora: Maria Angela Assis Dayrell

A formação psicanalítica se dá na composição singular entre a análise pessoal, a supervisão e o estudo cuidadoso do texto freudiano. Os seminários têm por objetivo básico propiciar uma tomada de contato inicial com a descoberta freudiana do inconsciente e a criação da psicanálise, com ênfase na questão particular da escuta analítica e suas consequências.


  • Epistemologia freudiana
    Coordenador: Arlindo Carlos Pimenta

Tomando como referência a afirmação de Paul Laurent Assoun de que a psicanálise não é uma criação de Freud, mas a emergência de um saber novo, do que Freud é seu agente e lugar de sua emergência, procuramos colocar o saber psicanalítico em relação aos vários discursos instituídos na cultura ocidental até os nossos dias (pós-modernidade).


Área: Psicopatologia Psicanalítica

O objetivo do seminário é introduzir o conhecimento da Psicopatologia Psicanalítica a partir do estudo dos principais quadros clínicos, a saber, neurose, psicose e perversão de modo a instrumentalizar os alunos para o manejo teórico e clínico das hipóteses diagnósticas propostas pela psicanálise.

Seminários:

  • Psicopatologia psicanalítica
    Coordenadora: Eliane Mussel da Silva

A Psicopatologia é uma disciplina heterogênea em função da complexidade de seu objeto de estudo, tendo por consequência a diversidade   de abordagens metodológicas. Fato é que o sofrimento humano não se reduz a discursos totalizantes.

Definida enquanto o estudo das doenças mentais em sua apresentação clínica, a Psicopatologia se tornou a disciplina nuclear da psiquiatria. Por outro lado, é definida por Jaspers em sua obra Psicopatologia Geral de 1913, como uma disciplina fenomenológica que visa descrever a dimensão generalizável da experiência conscientemente vivida pelos homens em suas condições patológicas.

Freud, oriundo do campo médico, se depara com o mal-estar inerente a todos os sujeitos, mal-estar ligado as questões da sexualidade e do amor. Em 1901, escreve a Psicopatologia da vida cotidiana, em que a partir de situações banais vividas em nosso dia a dia como os esquecimentos, os atos falhos, os sonhos etc.  coloca em xeque o páthos enquanto doença, bem como os limites do normal e do patológico.

Jacques Lacan em sua releitura do texto de Freud ressalta a neurose, a psicose   e a perversão como estruturas subjetivas, endossando os três grandes mecanismos psíquicos trabalhados por Freud para dar conta da constituição do sujeito, a saber, o recalque, a rejeição e a denegação.

Desta forma o sofrimento psíquico (páthos) de um sujeito singular não permite a redução do psicopatológico ao nosológico, o que nos coloca algumas questões enquanto psicanalistas: De que sofre um sujeito que busca uma análise? Há uma especificidade na formulação de uma hipótese diagnóstica realizada por um psicanalista?

Questões que por si só justificam a existência deste Seminário que deverá percorrer as trilhas do que seriam a neurose, a psicose e a perversão entendidas como “impasses subjetivos perturbando ou mesmo impedindo a realização de um sujeito singular no interior do laço social” (Pereira, M.E.C., p. 828).

Pereira, M.E.C. Projeto de uma (psico)patologia do sujeito: Redefinição do conceito de psicopatologia à luz da questão do sujeito. In: Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, 22 (4), 828-858, dez. 2019


Área: Conceitos Fundamentais

Através dos conceitos fundamentais construímos um olhar acerca da constituição do aparelho psíquico, partindo da produção freudiana e de seus interlocutores privilegiados. Tem-se, dessa forma, um crivo teórico que possibilita o diálogo, bem como uma direção para a prática psicanalítica.

Seminários:

  • Metapsicologia
    Coordenadores: Ana Boczar, Angela Lucena de Souza Pires, Arlindo Carlos Pimenta, Eliana Monteiro de Moura Vergara, Guiomar Antonieta Lage, Juliana Marques Caldeira Borges, Maria Helena Ricardo Libório Barbosa Mello, Paulo Roberto Ceccarelli.

Uma rede conceitual é traçada por Freud no que ele intitulou “metapsicologia”. Partindo de textos de Freud denominados por alguns “pré-psicanalíticos” (O projeto, de 1895, a Carta 52, entre outros), o seminário visa acompanhar a articulação teórica de Freud na 1ª e 2ª tópicas através de conceitos básicos e estruturantes com um impacto significativo ao longo de sua obra e na prática psicanalítica.


  • Formações do inconsciente
    Coordenadoras: Juliana Marques Caldeira Borges, Maria Mazzarello Cotta Ribeiro

Poderia um psicanalista desconhecer as formações do inconsciente em seu processo de formação? Nesse seminário propomos o estudo do manejo dessas formas engenhosas que o desejo inconsciente, após o recalque, encontra para se fazer ouvir. Discutiremos questões condizentes à função do significante no inconsciente através dos sonhos, onde o desejo inconsciente surge articulado em um material que o transforma, ou seja, as imagens deformadas funcionando como significantes; dos chistes, considerados como “a melhor entrada, a mais brilhante forma de nos mostrar as relações do inconsciente com o significante e suas técnicas” (LACAN, 1957-1958); dos atos falhos, apontando a insistência do desejo ocupando espaços vazios com novos significantes buscados na realidade do inconsciente e dos sintomas, que se apresentam numa análise sob uma máscara, de uma forma paradoxal e ambígua, pela qual o desejo inconsciente se apresenta. Tomando as quatro Formações do inconsciente na clínica, veremos que “o que se distingue no exterior deve encontrar sua unidade no interior” (LACAN, 1957 – 1958).


  • A concepção freudiana da sexualidade
    Coordenadores: Ana Cristina Teixeira da Costa Salles, Paulo Roberto Ceccarelli

Mudam os tempos, mas os costumes e o enigma da sexualidade continuam desafiando o ser humano em sua singularidade. A descoberta freudiana da labilidade fundamental do objeto da pulsão traz como consequência a impossibilidade de um saber definitivo e acabado sobre a sexualidade. A clínica psicanalítica evidencia sem cessar essa verdade que constitui um dos eixos principais da psicanálise.

O seminário tem como objetivo o estudo dos principais textos freudianos referentes à teoria da sexualidade, através dos quais serão abordadas as etapas fundamentais da elaboração do pensamento de Freud acerca do tema. Assim, serão examinadas, entre outras, a descoberta por Freud do papel desempenhado pela sexualidade na etiologia das neuroses, a hipótese da sedução, seu abandono e a consequente valorização das fantasias sexuais, os três ensaios sobre a teoria da sexualidade, a teoria da libido, as teorias sexuais infantis, o complexo de Édipo e o complexo de castração, a sexualidade feminina e a feminilidade, os impasses da psicologia do amor e o fetichismo.


  • A constituição do sujeito no campo do Outro – As operações de alienação e separação
    Coordenadora: Selma Gonçalves Mendes

Os temas abordados tratarão da constituição do sujeito em sua relação com o Outro, subjetivação que implica divisão. Os momentos lógicos de divisão do sujeito (autoerotismo, narcisismo e complexo de Édipo) serão contemplados e, em caso de fixação da libido, suas consequências na clínica. A teoria das pulsões será retomada no que se refere à subjetivação. Daremos prioridade ao estudo da pulsão invocante na constituição do sujeito (espelho sonoro), seguida da pulsão escópica (estádio do espelho). As operações de alienação e separação propostas por Lacan serão trabalhadas. Seguiremos ressaltando a importância do brincar na constituição do sujeito. Finalizaremos com o Édipo em Freud, Klein e Lacan. Traremos casos de bebês normais e de outros que apresentam problemas na constituição subjetiva (autismo), para sustentar a clínica como recurso didático privilegiado.


  • Uma introdução ao ensino de Jacques Lacan: o Real, o Simbólico e o Imaginário
    Coordenadora: Maria Helena Ricardo Libório Barbosa Mello

“Afirmamos, quanto a nós, que a técnica não pode ser compreendida nem corretamente aplicada, portanto, quando se desconhecem os conceitos que a fundamentam. Nossa tarefa será demonstrar que esses conceitos só adquirem pleno sentido ao se orientarem num campo de linguagem, ao se ordenarem na função da fala” (LACAN, Discurso de Roma, 1953).
Tal afirmação nos indica a perspectiva de que não podemos submeter a psicanálise aos discursos dos mestres. Para tanto, é preciso supor que a transmissão (“ensino”) faça apenas borda.
Tomamos o princípio lacaniano de que “não há formação do analista, há formação do inconsciente”, pois queremos mostrar a impossibilidade de padronização generalizada, de homogeneização de formação analítica para habilitar o analista à prática. Portanto, bordejaremos faces teóricas na direção de produzir algum efeito possível no ponto de “um saber constituído num trabalho de elaboração da análise”.
A articulação dos temas visa a compreensão da estrutura e funcionamento do aparelho psíquico, tendo como objetivo o estudo da lógica da direção do tratamento. Assim, um objetivo precípuo e fundamental é propiciar subsídios para cultivar um modo de pensar psicanalítico.


  • Contribuições da psicanálise à cultura
    Coordenadores: Arlindo Carlos Pimenta, Eliana Rodrigues Pereira Mendes

O psicanalista, longe de ser um simples repassador de técnicas, tem que refletir sobre sua atuação tanto no consultório quanto no ambiente mais amplo da sociedade. O seminário apresenta um panorama histórico cultural da criação da psicanálise, situando-a no seu tempo, além de propiciar a leitura dos mais importantes textos freudianos sobre a cultura. Entre eles estão: Moral sexual ‘civilizada’ e a doença nervosa moderna; Totem e tabu; Psicologia das massas e análise do eu; O futuro de uma ilusão; O mal estar na civilização; Por que a guerra?; Moisés e o monoteísmo.

Estes textos fornecem um rico material para se lidar com a cultura, sendo estudados na tentativa de se elaborar o mal estar social vigente e sustentar a condição desejante do ser humano.


2º tempo – Tempo da Clínica / Introdução à Prática Psicanalítica

Área: Método Psicanalítico

Nossa proposta é repensar a posição do analista na clínica recorrendo a Freud e a autores pós-freudianos. Teorizar com base naquilo que o analista vivencia e no modo como lida com os conceitos. Ousar pensar, desenvolver hipóteses retomando questões da técnica e estratégia na direção do tratamento. Voltar às raízes do pensamento psicanalítico percorrendo o caminho da criação dos conceitos, no sentido de modificar a psicanálise, restruturando o texto e a própria prática.

Seminários:

  • As duas dimensões da clínica psicanalítica: sintoma e fantasia / a posição do analista
    Coordenadoras: Eliane Mussel da Silva

O seminário propõe a leitura dos textos básicos de Freud sobre a técnica psicanalítica visando trabalhar com os conceitos fundamentais da psicanalise, a saber, inconsciente, transferência, repetição e  pulsão, para situar a direção de tratamento na histeria e obsessão.


  • A escuta analítica
    Coordenadora: Maria Pompéia Gomes Pires

A “escuta analítica” se dedica à teoria da técnica. Procura responder à pergunta: “O que se faz quando se faz análise?”.

Para isso, toma como fundamento de estudo O seminário, livro 1: Os escritos técnicos de Freud (1953-1954), de Lacan, em toda a sua extensão, entremeado com os textos freudianos que lhe dão sustentação. Este seminário é desenvolvido tendo como pano de fundo o “nó borromeu”, estrutura topológica desenvolvida por Lacan, que possibilita localizar os lugares lógicos dos fenômenos clínicos estudados.


  • A transferência
    Coordenador: Paulo Roberto Ceccarelli

A transferência (Die Übertragung). Transferência em Freud. Transferência em Lacan entendida como “a atualização (la mise en acte) da realidade do inconsciente”, sendo essa realidade sexual. O manejo da transferência como fio condutor da análise. A relação analítica como produtora, via transferência, do inconsciente. As elaborações de Lacan em torno do eixo do saber – o sujeito suposto ao saber – que culminam nas formulações de desejo do analista e do objeto a, causa do desejo, do qual o analista faz semblante. Outras leituras da transferência a partir de outras escolas de psicanálise. Repercussões e diferenças teórico-clínicas em consequência das diversas abordagens da transferência.


  • A construção do fantasma na direção da cura
    Coordenadora: Maria de Lourdes Elias Pinheiro

Na direção da cura, nossos pacientes percorrem necessariamente um trajeto através de uma complexa rede, constituída por tudo aquilo que está implicado nos conceitos de sujeito do inconsciente, desejo (objeto causa de desejo) e gozo. Nesse percurso, na transferência, através do simbólico, dão conta do que irrompe do real, recobrindo-o com o tecido do imaginário. Freud usou o termo “fantasia” para se referir àquilo de que se constitui o palco onde o imaginário se encena. Lacan, a partir do conceito freudiano, desenvolveu a referência ao “fantasma” como resposta particular de cada sujeito, no ponto em que incide a falta estrutural. Pretendemos avançar no estudo desses conceitos, por sua implicação direta na direção do tratamento analítico.


  • A experiência psicanalítica: o sujeito da psicanálise
    Coordenadora: Maria Angela Assis Dayrell

Pretendemos trabalhar a questão do sujeito de Freud a Lacan, considerando os diversos momentos da clínica psicanalítica. Recorrer aos textos numa perspectiva de abertura para uma clínica da contingência, aprofundando questões básicas na obra de Freud e Lacan referentes ao ato de psicanalisar, buscando uma ampliação do singular que marca, por excelência, um trabalho dentro da disjunção e da enunciação. Criticar e perpassar a metodologia freudiana para prosseguir até as duas clínicas do ensino de Lacan, enfatizando fundamentalmente a interlocução entre os dois autores e sua relevância e aplicabilidade para a psicanálise, numa constante reinvenção da nossa prática.



Área: Casos Clínicos de Freud e Lacan

Através do estudo dos casos clínicos de Freud e Lacan tem-se uma amostragem prototípica das várias estruturas clínicas da psicanálise. Além disso, pode-se acompanhar através dos tempos a evolução dos conceitos metapsicológicos empregados por um e por outro autor nos referidos casos, e o manejo da práxis clínica propriamente dita.

Seminários:

  • O caso Dora
    Coordenadora: Ana Cristina Teixeira da Costa Salles

Estudar a histeria é conhecer as origens da psicanálise e a importância do encontro de Freud com o discurso das histéricas, o que proporcionou a emergência do saber psicanalítico. A partir da leitura desse caso clínico de Freud, paradigmático da neurose histérica, abordaremos aspectos fundamentais, como as características principais da histeria, a posição feminina e sua relação com a histeria, a questão da identificação e do desejo histéricos, a formação e o tratamento dos sintomas, o campo da transferência e a direção do tratamento. Os temas serão trabalhados à luz das referências freudianas e das contribuições de Jacques Lacan.


  • O pequeno Hans
    Coordenadora: Vanessa Campos Santoro

A leitura da análise de uma fobia numa criança de 5 anos (O pequeno Hans [1909]) nos remete a conceitos fundamentais como angústia de castração, teorias sexuais infantis, complexo de Édipo, todos exaustivamente estudados por Freud e referendados pela clínica. O seminário, livro 4: a relação de objeto (1956-1957), de Lacan, complementa a teoria freudiana no que concerne ao falo como operador estrutural e permite uma ampliação do estudo da fobia, das estruturas clínicas, do sintoma, do fantasma e do objeto, fazendo o objeto a surgir dos casos clínicos de Freud, através da redução simbólica ao ponto mais irredutível da estrutura do sujeito freudiano.


  • O homem dos ratos
    Coordenadora: Vanessa Campos Santoro

Freud considerou o Homem dos Ratos (1909) a análise completa de um caso clínico de neurose obsessiva, conservando inclusive os manuscritos originais das anotações de sessões. O seminário pretende acompanhar Freud na leitura do Homem dos Ratos e em sua teorização sobre a neurose obsessiva, sem perder de vista a clínica psicanalítica e a direção do tratamento. Para tal, as contribuições de Lacan na releitura de Freud são preciosas, levando em conta as dimensões amor/ódio, dívida e culpa, desejo e gozo, o falicismo, a dúvida que divide o obsessivo, as quais pedem estratégias particulares, fundamentadas no funcionamento psíquico de um pensar obsedante e erotizado.


  • O caso Schreber
    Coordenadora: Arlindo Carlos Pimenta

Este seminário objetiva o estudo teórico-clínico sobre as psicoses. Ele se divide em textos de três autores e seus discípulos sobre as psicoses: Freud, Lacan e Melanie Klein. Tendo como eixo central o caso do presidente Schreber, o psicótico mais famoso da história e sobre quem mais se publicou em psicanálise, traremos também fragmentos de outros casos clínicos de psicose para ser trabalhados.


  • O homem dos lobos
    Coordenadoras: Yumara Siqueira de Castro, Scheherazade Paes de Abreu

A história de uma neurose infantil (1918 [1914]) é o último caso publicado por Freud, um caso de neurose obsessiva de um jovem adulto derivado de uma grave neurose infantil. Serguei Constantinovitch Pankejeff, aristocrata russo, seriamente doente procura Freud. Pela interpretação de um sonho que Freud pode desenterrar lembranças ainda mais precoces, fatos vividos em sua tenra infância? Isso permitiria Freud acessar, a cena primordial, o alicerce da neurose? O que impulsiona Freud na escrita deste caso? Muitas antecipações de conceitos aparecem nesse texto. É um dos casos mais surpreendentes, escreve Freud, “A novidade só pode ser obtida de análises que apresentem especiais dificuldades”. Lacan, diz que nos obstáculos que este caso apresentou a análise, Freud progride de surpresa em surpresa, parece preferir renunciar a um equilíbrio da teoria, do que desconhecer as mais intimas particularidades do caso.  Como pensar o diagnóstico diferencial?